VIA SACRA do Jovem
Solidário na JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE
Quem quiser ser meu discípulo, tome sua cruz e siga-me! (Mt 16,24)
Textos: José Fernandes de Oliveira (Pe. Zezinho, scj) e João Carlos Almeida (Pe. Joãozinho, scj)
Quem quiser ser meu discípulo, tome sua cruz e siga-me! (Mt 16,24)
Textos: José Fernandes de Oliveira (Pe. Zezinho, scj) e João Carlos Almeida (Pe. Joãozinho, scj)
Santo Padre: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito
Santo.
TODOS: AMÉM
Santo Padre: Nós te adoramos e te bendizemos, Senhor
Jesus Cristo, redentor da humanidade.
TODOS: Tua entrega na cruz nos dá a Vida, mostra o
Caminho, revela a Verdade!
Santo Padre: OREMOS. Ó Pai, enviaste o Teu Filho
Eterno para salvar o mundo e escolheste homens e mulheres para que, por Ele,
com Ele e n’Ele, proclamassem a Boa-Nova a todas as nações. Concede as graças
necessárias para que brilhe no rosto de todos os jovens a alegria de serem,
pela força do Espírito, os evangelizadores de que a Igreja precisa no Terceiro
Milênio.
TODOS: AMÉM
1º ESTAÇÃO – Jesus
é condenado à morte
Do Evangelho segundo São João (19, 14-16)
Era véspera da Páscoa, por volta do meio-dia.
Pilatos disse aos judeus: “Aqui está o vosso rei” Eles começaram a gritar:
“Fora! Fora! Crucifica-o” Pilatos perguntou: “Mas eu vou crucificar o vosso
rei?” Os chefes dos sacerdotes responderam: “Não temos outro rei além de
César.” Então, finalmente, Pilatos entregou Jesus a eles para que fosse
crucificado. Eles levaram Jesus.
Jovem: Um inocente foi condenado
Meditação (MISSIONÁRIO DE FRONTEIRA):
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! Fui
atraído pelo teu divino Coração. Venho das fronteiras do mundo. Sou missionário
e encontro no meu caminho muitos jovens inocentes que todos os dias são
condenados à morte pela pobreza, pela violência e por todo tipo de
consequências do pecado que nos machuca desde as origens da humanidade. Quero
seguir teus passos na certeza de que tudo posso n’Aquele que me fortalece e se
Deus é por nós, quem será contra nós? (Cf. Fil 4,13; Rm 8,31-32)
2ª ESTAÇÃO – Jesus
toma a cruz aos ombros
Do Evangelho segundo São Marcos e São João
Depois de zombarem de Jesus, tiraram-lhe o manto
vermelho, o vestiram de novo com as próprias roupas dele, e o levaram para
fora, a fim de o crucificarem. (Mc 15, 20) Levaram então consigo Jesus. Ele
próprio carregava a sua cruz para fora da cidade, em direção ao lugar chamado
Calvário, em hebraico Gólgota. (Jo 19,17)
Jovem: Assumiu uma cruz que não era dele
Meditação (JOVEM CONVERTIDO):
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! Fui
convertido pelo teu divino Coração. Tomaste sobre os ombros minhas dores e
misérias (Cf. Is 53,4.). Era minha a cruz que te feriu. Quero completar o teu
sacrifício em minha vida, deixando-me tocar por tão grande amor e dando
testemunho com as palavras e com o exemplo ali onde o mundo precisa. Levarei
para sempre a tua cruz no meu peito e as tuas palavras no meu coração. Quero
ser instrumento deste amor que nunca se cansa de amar.
3ª ESTAÇÃO – Jesus
cai pela primeira vez
Do livro do profeta Isaías (53, 4-5)
Eram as nossas doenças que ele carregava, eram as
nossas dores que ele levava em suas costas. E nós achávamos que ele era um
homem castigado, um homem ferido por Deus e humilhado. Mas ele estava sendo
transpassado por causa de nossas revoltas, esmagado por nossos crimes. Caiu
sobre ele o castigo que nos dá a paz; e por suas feridas é que fomos curados.
Jovem: A cruz foi ficando pesada
Meditação (VOLUNTÁRIO EM COMUNIDADE DE RECUPERAÇÃO):
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! Nas
quedas sou animado pelo teu humilde Coração. Sou voluntário numa comunidade de
recuperação de jovens que caíram na dependência química. São vítimas de um
comércio violento e cruel. São desfigurados e correm o risco de permanecer no
chão. Vejo teu rosto na face de cada um deles. Ensina-me a ser como o bom
samaritano que, para além dos discursos, tem coragem de levantar quem está
caído à beira do caminho e cuidar de suas feridas (Cf. Lucas 10,25-37). Neste
gesto de solidariedade salutar, ensina-me que somente em ti encontraremos a
total transfiguração.
4ª ESTAÇÃO – Jesus
encontra sua aflita mãe
Do Evangelho segundo São Lucas (2, 34-35.51b)
“Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: ‘Este
menino está aqui para queda e elevação de muitos em Israel e para ser sinal de
contradição. Quanto a vós, uma espada há de atravessar-lhe a alma. Assim serão
revelados os pensamentos de muitos corações.’ Sua mãe guardava todas estas
coisas no seu coração.
Jovem: Dor de filho, dor de mãe!
Meditação (UMA JOVEM FALA EM NOME DAS MÃES):
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui!
Contemplo a profunda comunhão de amor entre o teu Coração e o coração de tua
mãe. É uma comunhão redentora! Aquela troca silenciosa de olhares no caminho da
cruz fala mais do que qualquer discurso ou palavra. A dor do filho é realmente
a dor da mãe. Isto me faz pensar nas lutas em favor da vida da sua concepção
até o seu fim natural. Nós mulheres temos uma vocação muito forte para defender
tudo o que vive. Não podemos aceitar a violência de quem se acha no direito de
interromper uma vida indefesa. Queremos proclamar com tua mãe: O Senhor fez em
mim grandes coisas. Derruba do trono os arrogantes e eleva os humildes.
Manifesta a força de seu braço e nos sustenta nos caminhos vida.
5ª ESTAÇÃO – Simão
Cireneu ajuda Jesus a carregar a cruz
Do Evangelho segundo São Lucas (23, 26) e São Mateus
(16,24)
Enquanto o conduziam, detiveram um certo Simão de
Cirene, que voltava do campo, e impuseram-lhe a cruz para que a carregasse
atrás de Jesus. (Lc 23, 26) Jesus disse aos seus discípulos: “Se alguém quer me
seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz, e me siga.” (Mt 16,24)
Jovem: Converteu-se enquanto ajudava Jesus
Meditação (SEMINARISTA):
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! Fui
chamado pelo teu divino Coração. Sou um jovem vocacionado a caminho do
sacerdócio. O teu apelo ressoa muito forte no meu interior: Quem quiser ser meu
discípulo, tome sua cruz e siga-me! Mas nem sempre compreendo que a luz passa
pela cruz. Ao carregar um pouco do teu fardo quero aprender os caminhos da
configuração a ti. Livra-me da tentação dos primeiros lugares e ensina-me a ser
um bom pastor. Que um dia eu possa dizer: eu vivo, mas não sou eu que vivo; é
Cristo que vive em mim (Cf. Gal 2,20).
6ª ESTAÇÃO – Verônica
enxuga o rosto de Jesus
Do livro do profeta Isaías (53, 2-3)
Meu servo cresceu como broto na presença do Senhor,
como raiz em terra seca. Ele não tinha aparência nem beleza para atrair o nosso
olhar, nem simpatia para que pudéssemos apreciá-lo. Desprezado e rejeitado
pelos homens, homem do sofrimento e experimentado na dor; como indivíduo de
quem a gente esconde o rosto, ele era desprezado e nem tomamos conhecimento
dele.
Jovem: A mulher que não se calou
Meditação (CONSAGRADA QUE LUTA PELA VIDA):
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! Sou
consagrada ao teu divino Coração no serviço ao meu irmão. Não posso me calar
quando encontro nas vias-sacras da vida tantas vítimas de uma “cultura de
morte”: mulheres prostituídas e famílias na miséria, enfermos sem atendimento e
idosos desprezados, migrantes sem terra e jovens desempregados. Ao enxugar as
lágrimas, o suor e o sangue do rosto destes irmãos e irmãs vejo maravilhada que
a tua face fica estampada no lenço da minha solidariedade (Cf. Mt 25,31-46).
7ª ESTAÇÃO – Jesus
cai pela segunda vez
Do livro das Lamentações (3,1-2.9.16.20-21)
Eu sou alguém que provou a miséria, sob a vara da
sua ira. Ele me conduziu e me fez andar nas trevas e não na luz. (…) Embarrou
meus caminhos com blocos de pedra, obstruiu minhas veredas. (…) Ele quebrou
meus dentes com cascalho, mergulhou-me na cinza. (…) Mas existe alguma coisa
que eu lembro e me dá esperança: o amor de Deus não acaba jamais e sua
compaixão não tem fim.
Jovem: Quem caiu subindo, caiu para o alto!
Meditação (CASAL DE NAMORADOS):
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-nos aqui!
Encontramos em teu Coração a nossa morada. Desde que começamos a namorar
ensaiamos o jeito certo de construir uma família que tem papel fundamental na
transmissão da fé e da vida. Contemplando a tua paixão entendemos que tudo isso
foi por amor. Aprendemos, porém, que as nossas paixões não são um fundamento
seguro. Só constrói sobre a rocha, quem edifica no amor (Cf. Mt 7,24-27).
Dá-nos a sabedoria de começar a construção pelos fundamentos e não pelo
telhado. Ensina-nos que cada escolha exige renúncias. Se cairmos, Senhor, seja
sempre avançando e nunca desistindo. Mesmo nas quedas, não permita que nos
afastemos de ti.
8ª ESTAÇÃO – Jesus
consola as mulheres de Jerusalém
Do evangelho segundo São Lucas (23, 28-31)
Jesus, porém, voltou-se, e disse: “Mulheres de
Jerusalém, não chorem por mim! Chorem por vocês mesmas e por seus filhos!
Porque dias virão, em que se dirá: ‘Felizes das mulheres que nunca tiveram
filhos, dos ventres que nunca deram a luz e dos seios que nunca amamentaram.’
Então começarão a pedir às montanhas: ‘Caiam em cima de nós!’ E às colinas:
‘Escondam-nos!’ Porque, se assim fazem com a árvore verde, o que não farão com
a árvore seca?”
Jovem: Vocação de mulher: do berço até a cruz
Meditação (UMA JOVEM):
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! No teu
Coração tão humano aprendi o valor salvífico do sofrimento e da dor. Completo
na minha carne o que falta aos teus sofrimentos pelo teu Corpo, que é a Igreja
(Cf. Col 1,24). Teu sacrifício na cruz me ensina que a dor faz parte da
condição humana e é tocada inteiramente pelo teu amor que salva. Isto não me
leva a uma resignação alienada, mas me faz consciente de que algumas dores são
oportunidades para me unir à tua cruz. Ensina-me que na hora da dor melhor do
que falar sobre Deus é falar com Deus. A prece consola mais que a explicação.
9ª ESTAÇÃO – Jesus
cai pela terceira vez
Do livro das Lamentações (3, 27-32)
É bom para o homem suportar o jugo desde a
juventude. Que esteja sozinho e calado, quando cai sobre ele a desgraça; que
ponha sua boca no pó: talvez haja esperança; que entregue a face a quem o fere
até fartar-se de insultos, porque o Senhor não rejeita para sempre. Se ele
aflige, se compadecerá com grande amor.
Jovem: Depois disso, não mais caiu!
Meditação (ESTUDANTE CADEIRANTE):
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! No teu
Coração de mestre encontrei a Verdade. Venho do mundo dos estudos. Eles fazem
parte da minha missão neste momento. O conhecimento e a ciência me encantam,
mas muitas vezes me seduzem e até induzem a imaginar que não preciso de ti. Mas
meu coração tem sede de um amor e de uma verdade que superam os amores e as
verdades desta terra. Apenas na tua Verdade encontro a sabedoria eterna. E
neste tesouro encontro as forças para não mais cair. Apenas quem encontra a
Verdade, para além dos limites do corpo, fica verdadeiramente de pé.
10ª ESTAÇÃO – Jesus
é despojado de suas vestes
Do evangelho segundo São Mateus (27, 33-36)
Chegados a um lugar chamado Gólgota, quer dizer
“Lugar do Crânio”. Aí deram vinho misturado com fel para Jesus beber. Ele
provou, mas não quis beber. Depois de o crucificarem, fizeram um sorteio,
repartindo entre si as roupas dele. E ficaram aí sentados, montando guarda.
Jovem: Era pobre e mais pobre morreu!
Meditação (JOVEM DAS REDES SOCIAIS):
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! Teu
Coração me ensina que a verdadeira identidade está para além da aparência.
Livra-me da superficialidade. Faço parte desta geração que nasceu conectada por
meio da Internet. Sei que as redes sociais são uma possibilidade para construir
relações verdadeiras, mas exigem muita atenção abrir não da identidade e cair
na dispersão. Olhando para o teu despojamento total no caminho da cruz eu te
peço: ensina-me que a felicidade passa por uma vida simples e despojada. A
roupa, a moda e a aparência nunca serão mais importantes do que existe no
interior de cada um. Que a tua graça nos ensine os caminhos para evangelizar o
“continente digital” e nos deixe atentos à possível dependência ou confusão
entre o real e o virtual.
11ª ESTAÇÃO – Jesus
é pregado na cruz
Acima da cabeça de Jesus puseram o motivo da sua
condenação: “Este é Jesus, o Rei dos Judeus.” Com Jesus, crucificaram também
dois ladrões, um à direita e outro à esquerda. As pessoas que passavam por aí,
o insultavam, balançando a cabeça, e dizendo: “Tu que ias destruir o Templo, e
construí-lo em três dias, salva-te a ti mesmo! Se é o Filho de Deus, desce da
cruz!”
Jovem: Feita de dois riscos foi a sua cruz
Meditação (JOVEM DA PASTORAL CARCERÁRIA):
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! No teu
divino Coração encontrei a verdadeira liberdade. Estou consciente daquilo que
disse João Paulo II: “a pior das prisões é um coração fechado”. Milhões de
jovens estão presos cumprindo pena por um erro cometido. Teu olhar de perdão no
alto da cruz me faz pensar que é possível mudar de vida. Ensina-me que a tua
cruz uniu a terra e o céu e os teus braços abertos acolhem a todos, até quem
está na prisão (cf. Mt 25,43). É bom saber que amas não apenas quem é justo e
santo, mas também o pecador (cf. Rm 5,8). Obrigado, Senhor, pela tua imensa
compaixão!
12ª ESTAÇÃO – Jesus
morre na cruz
Do evangelho segundo São Mateus (27, 45-50)
Desde o meio-dia até as três horas da tarde houve
escuridão sobre toda a terra. Pelas três horas da tarde Jesus deu um forte
grito: (…) “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (…) Alguém foi
correndo pegar uma esponja, a ensopou em vinagre, colocou-a na ponta de uma
vara, e deu para Jesus beber. (…) Então Jesus deu outra vez um forte grito, e
entregou o espírito.
Jovem: O autor da vida aceitou morrer
Meditação (JOVEM QUE TRABALHA COM DOENTES
TERMINAIS):
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! Teu Coração
aberto na cruz é a fonte da vida para todos os que vivem na doença um tempo
difícil de purificação. Acompanho o calvário de irmãos em estado terminal. A
certeza da tua presença muda até mesmo o sentido da dor. Um instante contigo
tem o sabor da eternidade. Então, Senhor, fortalece em mim a fé, a esperança e
a caridade. Faz de mim um missionário da vida, da cura, do cuidado dos pobres e
esquecidos. Morrendo para mim mesmo, converte-me para o serviços aos irmãos.
13ª ESTAÇÃO – Jesus
é descido da cruz
Do evangelho segundo São Lucas (23, 50.52-53)
Havia um homem bom e justo, chamado José. Era membro
do Conselho, mas não tinha aprovado a decisão, nem a ação dos outros membros.
Ele era de Arimatéia, cidade da Judéia, e esperava a vinda do reino de Deus. José
foi a Pilatos, e pediu o corpo de Jesus. Desceu o corpo da cruz, o enrolou num
lençol, e o colocou num túmulo escavado na rocha, onde ninguém ainda tinha sido
sepultado.
Jovem: Maria e os discipulos o descrucificaram
Meditação (SURDO EM LIBRAS):
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! É
maravilhoso escutar as lições do teu divino Coração. Passo os dias no silêncio
de sons e palavras. Não consigo ouvir com os ouvidos, mas escuto tua voz em meu
coração. Ao ver-te descido da cruz, repousar no colo piedoso de tua querida
mãe, sinto que todos os discursos são insuficientes e uma única palavra já é
demais. Existem momentos em que o silêncio e a contemplação falam muito mais.
Ensina-me a descrucificar os meus irmãos. Que o meu testemunho seja um
silencioso grito de amor e de solidariedade.
14ª ESTAÇÃO – Jesus
é sepultado
Do evangelho segundo São Mateus (27, 59-61)
José, tomando o corpo, o envolveu num lençol limpo,
e o colocou num túmulo novo, que ele mesmo havia mandado escavar na rocha. Em
seguida, rolou uma grande pedra para fechar a entrada do túmulo, e retirou-se.
Maria Madalena e a outra Maria estavam aí sentadas, em frente ao sepulcro.
Jovem: Semeado no silêncio fecundo
Meditação (JOVENS: EUROPEU DO LESTE, EUROPEU,
AFRICANO, NORTE AMERICANO, LATINO-AMERICANO E CARIBENHO, ASIÁTICO E OCEÂNICO):
Senhor Jesus, Cristo Redentor, aqui estamos,
envia-nos! (Cf. Is 6,8). Queremos ser um só coração e uma só alma. Iremos a
todas as nações da terra para dar testemunho de que encontramos o verdadeiro
caminho para a vida. A semente de tua Palavra caiu em nossos continentes. Não
ficará sepultada na terra. Ensina-nos a cultivá-la para que nasçam os frutos de
uma nova evangelização.
- Que o Leste Europeu seja marcado pela paz e pela
liberdade religiosa.
- Que a Europa supere a agressiva onda de
secularização pelo anúncio corajoso da fé.
- Que a África supere a violência e construa a
Igreja como família e a família como Igreja.
- Que a América do Norte reconheça as culturas que
afastam do Evangelho.
- Que a América Latina e o Caribe encontrem caminhos
para superar a injustiça e a violência.
- Que a minoria cristã da Ásia seja presente como
semente fecunda, mesmo quando perseguida.
- Que a Oceania sinta mais fortemente o compromisso
de anunciar o Evangelho!
(Texto inspirado na Mensagem Final do Sínodo da Nova
Evangelização para a transmissão da fé, nº 13)
Santo Padre: Nós te adoramos e te bendizemos, Senhor
Jesus Cristo, redentor da humanidade.
TODOS: Tua entrega na cruz nos dá a Vida, mostra o
Caminho, revela a Verdade!
Santo Padre: OREMOS. Ó Cristo, Redentor da
humanidade, Tua imagem de braços abertos no alto do Corcovado acolhe todos os
povos. Em Tua oferta pascal, nos conduziste pelo Espírito Santo ao encontro
filial com o Pai. Os jovens, que se alimentam da Eucaristia, Te ouvem na
Palavra e Te encontram no irmão, necessitam de Tua infinita misericórdia para
percorrer os caminhos do mundo como discípulos missionários da nova
evangelização.
TODOS: AMÉM
Discurso do Papa
Francisco durante a Via Sacra com os jovens
Viagem Apostólica ao Brasil
Via Sacra com os jovens
Praia de Copacabana
Sexta-feira, 26 de julho de 2013
Via Sacra com os jovens
Praia de Copacabana
Sexta-feira, 26 de julho de 2013
Queridos jovens,
Viemos hoje acompanhar Jesus no seu caminho de dor e
de amor, o caminho da Cruz, que é um dos momentos fortes da Jornada Mundial da
Juventude. No final do Ano Santo da Redenção, o Bem-aventurado João Paulo II
quis confiá-la a vocês, jovens, dizendo-lhes: «Levai-a pelo mundo, como sinal
do amor de Jesus pela humanidade e anunciai a todos que só em Cristo morto e
ressuscitado há salvação e redenção» (Palavras aos jovens [22 de abril de
1984]: Insegnamenti VII,1(1984), 1105). A partir de então a Cruz percorreu
todos os continentes e atravessou os mais variados mundos da existência humana,
ficando quase que impregnada com as situações de vida de tantos jovens que a
viram e carregaram. Ninguém pode tocar a Cruz de Jesus sem deixar algo de si
mesmo nela e sem trazer algo da Cruz de Jesus para sua própria vida. Nesta
tarde, acompanhando o Senhor, queria que ressoassem três perguntas nos seus corações:
O que vocês terão deixado na Cruz, queridos jovens brasileiros, nestes dois
anos em que ela atravessou seu imenso País? E o que terá deixado a Cruz de
Jesus em cada um de vocês? E, finalmente, o que esta Cruz ensina para a nossa
vida?
1. Uma antiga tradição da Igreja de Roma conta que o
Apóstolo Pedro, saindo da cidade para fugir da perseguição do Imperador Nero,
viu que Jesus caminhava na direção oposta e, admirado, lhe perguntou: «Para
onde vais, Senhor?». E a resposta de Jesus foi: «Vou a Roma para ser
crucificado outra vez». Naquele momento, Pedro entendeu que devia seguir o
Senhor com coragem até o fim, mas entendeu sobretudo que nunca estava sozinho
no caminho; com ele, sempre estava aquele Jesus que o amara até o ponto de
morrer na Cruz. Pois bem, Jesus com a sua cruz atravessa os nossos caminhos
para carregar os nossos medos, os nossos problemas, os nossos sofrimentos,
mesmo os mais profundos. Com a Cruz, Jesus se une ao silêncio das vítimas da
violência, que já não podem clamar, sobretudo os inocentes e indefesos; nela
Jesus se une às famílias que passam por dificuldades, que choram a perda de
seus filhos, ou que sofrem vendo-os presas de paraísos artificiais como a
droga; nela Jesus se une a todas as pessoas que passam fome, num mundo que todos
os dias joga fora toneladas de comida; nela Jesus se une a quem é perseguido
pela religião, pelas ideias, ou simplesmente pela cor da pele; nela Jesus se
une a tantos jovens que perderam a confiança nas instituições políticas, por
verem egoísmo e corrupção, ou que perderam a fé na Igreja, e até mesmo em Deus,
pela incoerência de cristãos e de ministros do Evangelho. Na Cruz de Cristo,
está o sofrimento, o pecado do homem, o nosso também, e Ele acolhe tudo com
seus braços abertos, carrega nas suas costas as nossas cruzes e nos diz:
Coragem! Você não está sozinho a levá-la! Eu a levo com você. Eu venci a morte
e vim para lhe dar esperança, dar-lhe vida (cf. Jo 3,16).
2. E assim podemos responder à segunda pergunta: o
que foi que a Cruz deixou naqueles que a viram, naqueles que a tocaram? O que
deixa em cada um de nós? Deixa um bem que ninguém mais pode nos dar: a certeza
do amor inabalável de Deus por nós. Um amor tão grande que entra no nosso
pecado e o perdoa, entra no nosso sofrimento e nos dá a força para poder
levá-lo, entra também na morte para derrotá-la e nos salvar. Na Cruz de Cristo,
está todo o amor de Deus, a sua imensa misericórdia. E este é um amor em que
podemos confiar, em que podemos crer. Queridos jovens, confiemos em Jesus,
abandonemo-nos totalmente a Ele (cf. Carta enc. Lumen fidei, 16)! Só em Cristo
morto e ressuscitado encontramos salvação e redenção. Com Ele, o mal, o
sofrimento e a morte não têm a última palavra, porque Ele nos dá a esperança e
a vida: transformou a Cruz, de instrumento de ódio, de derrota, de morte, em
sinal de amor, de vitória e de vida. O primeiro nome dado ao Brasil foi
justamente o de «Terra de Santa Cruz». A Cruz de Cristo foi plantada não só na
praia, há mais de cinco séculos, mas também na história, no coração e na vida
do povo brasileiro e não só: o Cristo sofredor, sentimo-lo próximo, como um de
nós que compartilha o nosso caminho até o final. Não há cruz, pequena ou
grande, da nossa vida que o Senhor não venha compartilhar conosco.
3. Mas a Cruz de Cristo também nos convida a
deixar-nos contagiar por este amor; ensina-nos, pois, a olhar sempre para o
outro com misericórdia e amor, sobretudo quem sofre, quem tem necessidade de
ajuda, quem espera uma palavra, um gesto; ensina-nos a sair de nós mesmos para
ir ao encontro destas pessoas e lhes estender a mão. Tantos rostos acompanharam
Jesus no seu caminho até a Cruz: Pilatos, o Cireneu, Maria, as mulheres… Também
nós diante dos demais podemos ser como Pilatos que não teve a coragem de ir
contra a corrente para salvar a vida de Jesus, lavando-se as mãos. Queridos
amigos, a Cruz de Cristo nos ensina a ser como o Cireneu, que ajuda Jesus levar
aquele madeiro pesado, como Maria e as outras mulheres, que não tiveram medo de
acompanhar Jesus até o final, com amor, com ternura. E você como é? Como
Pilatos, como o Cireneu, como Maria? Queridos jovens, levamos as nossas
alegrias, os nossos sofrimentos, os nossos fracassos para a Cruz de Cristo;
encontraremos um Coração aberto que nos compreende, perdoa, ama e pede para
levar este mesmo amor para a nossa vida, para amar cada irmão e irmã com este
mesmo amor. Assim seja!
Nenhum comentário:
Postar um comentário