segunda-feira, 12 de agosto de 2013

SEMANA NACIONAL DA FAMILIA

Com as reflexões a partir do tema A TRANSMISSÃO E EDUCAÇÃO DA FÉ CRISTÃ NA FAMÍLIA, o subsídio Hora da Família 2013 foi dividido em sete encontros, conforme a sequência:
1.    Pai e Mãe, primeiros e principais transmissores da fé;
2.    Desafios Cristãos na educação dos filhos na fé;
3.    Valores que permanecem;
4.    Educar pela presença;
5.    Educar com fortaleza e “docilidade de alma”;
6.    Iniciação Cristã
7.    Projeto de Vida Pessoal e Familiar.
Os temas desejam provocar e desafiar os pais a assumirem cada vez mais a missão de primeiros e autênticos transmissores e educadores da fé cristã. Atraídos por Jesus Cristo, são convocados por Ele na Igreja ao anúncio do Evangelho, com um mandato que é sempre novo, uma nova evangelização, para descobrir de novo a alegria de crer e reencontrar o entusiasmo de comunicar a fé.
Na descoberta diária do amor, a família ganha força e vigor no compromisso missionário, que jamais pode faltar. Com efeito, a fé na família cresce quando é vivida como experiência de um amor recebido e comunicada como experiência de graça e de alegria. A fé torna os membros da família fecundos, porque alarga o coração com a esperança e permite oferecer um testemunho que é capaz de gerar: de fato, abre o coração e a mente dos ouvintes para acolherem o convite do Senhor a aderir à sua Palavra, a fim de se tornarem seus discípulos (cf. Porta Fidei, 7).
Além dos sete encontros, a “Hora da Família 2013” oferece outras sugestões de celebrações que envolvem os membros da família em ocasiões comemorativas e possibilitam celebrações em outros ambientes que vão além da comunidade eclesial, tais como: escolas, universidades, fábricas, escritórios e outros. Estes encontros são elaborados de tal forma que sejam úteis para qualquer época do ano.

A SEMANA NACIONAL DA FAMILIA INICIA HOJE, 12 DE AGOSTO, ATÉ O DIA 17 DE AGOSTO.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

DIA DO PADRE

COLABORAÇÃO DE NOSSO AMIGO CURSILHISTA MIGUEL, DE CAPÃO DA CANOA:


Dia 04/08 - Dia do Padre

Uma homenagem ao Santo Padre o Papa Francisco

Uma oração em cada dedo.

(Papa Francisco)
1. O Polegar é o mais próximo de você. Então comece a orar por aqueles que lhe são mais próximos. Eles são os mais facilmente lembrados. Orar por nossos entes queridos é "uma doce obrigação"!

2. O seguinte é o dedo indicador. Ore por aqueles que ensinam, instruem e curam. Isso inclui mestres, professores, médicos e padres. Eles necessitam de apoio e sabedoria para indicar a direção correta aos outros. Mantenha-os em suas orações sempre presentes.

3. O próximo dedo é o mais alto. Ela nos lembra dos nossos líderes. Ore para que a presidenta, congressistas, empresários e gestores. Essas pessoas dirigem os destinos de nossa nação e orientam a opinião pública. Eles precisam da orientação de Deus.

4. O quarto dedo é o nosso dedo anelar. Embora muitos fiquem surpresos, é o nosso dedo mais fraco, como pode dizer qualquer professor de piano. Ele deve lembrar-nos a rezar para os fracos, com muitos problemas ou prostrados pela doença. Eles precisam da sua oração dia e noite. Nunca é demais para orar por eles. Você também deve se lembrar de orar pelos casamentos.

5. E finalmente o nosso dedo mindinho, o dedo menor de todos, que é a forma como devemos nos ver diante de Deus e dos outros. Como a Bíblia diz que "os últimos serão os primeiros". Seu dedo mindinho deve lembrá-lo de orar por você. Quando você estiver orado para os outros quatro grupos, suas próprias necessidades estarão na perspectiva correta, e você poderá rezar melhor pelas suas necessidades.

domingo, 4 de agosto de 2013




PAPA FALA AOS JOVENS NA MISSA DE ENVIO DA JMJ

“Foi bom participar desta Jornada Mundial da Juventude, vivenciar a fé junto com jovens vindos dos quatro cantos da Terra, mas agora você deve ir e transmitir esta experiência aos demais». Jesus o chama a ser um discípulo em missão! Hoje, à luz da Palavra de Deus que acabamos de ouvir, o que nos diz o Senhor? Três palavras: Ide, sem medo, para servir”, ressaltou o Santo Padre.

Assim como o Senhor nos confiou, é necessário que partilhemos a experiência de fé, testemunhando a fé e anunciando o Evangelho a toda a Igreja. Para anunciar a Palavra de Deus não existem fronteiras nem limites, pois o Evangelho é para todas as pessoas sem distinções. Portanto, precisamos ir ao encontro das pessoas para que sintam o calor da sua misericórdia e do seu amor.

“Este continente recebeu o anúncio do Evangelho, que marcou o seu caminho e produziu muitos frutos. Agora este anúncio é confiado também a vocês, para que ressoe com uma força renovada. A Igreja precisa de vocês, do entusiasmo, da criatividade e da alegria que os caracterizam! Um grande apóstolo do Brasil, o bem-aventurado José de Anchieta, partiu em missão quando tinha apenas dezenove anos! Sabem qual é o melhor instrumento para evangelizar os jovens? Outro jovem! Este é o caminho a ser percorrido!”, recordou o Papa aos jovens.

O Pontífice ressaltou, em sua reflexão, que os jovens não podem ter medo de anunciar a Palavra de Deus, mesmo que o receio de não se sentirem preparados para esta missão seja mais forte. “Precisamos ser como Jeremias (cf. Jr 1,8) que, mesmo não se sentido preparado, escutou as palavras do Senhor e seguiu a sua missão evangelizadora.

Quando vamos anunciar Cristo, Ele mesmo vai à nossa frente e nos guia. Ao enviar os seus discípulos em missão, Jesus prometeu: ‘Eu estou com vocês todos os dias’ (Mt 28,20). E isso é verdade também para nós! Jesus não nos deixa sozinhos. Nunca os deixa sozinhos! Sempre acompanha vocês!”, animou o Pontífice.

“A juventude precisa sentir a companhia de toda a Igreja e também dos santos em missão. Portanto, quando enfrentamos juntos os desafios, somos mais fortes e descobrimos uma coragem e recursos que, muitas vezes, não imaginávamos que tínhamos”. O Papa Francisco pediu aos sacerdotes que continuem acompanhando esta juventude com generosidade e alegria, para que esses jovens possam se comprometer ativamente com a Igreja.

“Queridos jovens, regressando às suas casas, não tenham medo de ser generosos com Cristo, de testemunhar o seu Evangelho!”, pediu o Santo Padre.

O Papa Francisco concluiu suas palavras reforçando aos jovens presentes na Praia de Copacabana, e a todos os outros que acompanham a Missa de Envio pelos meios de comunicação, que levar o Evangelho às pessoas é levar a força de Deus a todos os lugares.

“Jesus Cristo conta com vocês! A Igreja conta com vocês! O Papa conta com vocês! Que Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, os acompanhe sempre com a sua ternura: ‘Ide e fazei discípulos entre todas as nações’”, recordou o Sucessor de Pedro.

Palavras de agradecimento de Dom Orani João Tempesta – O início da Santa Missa foi marcado pelas palavras do Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, que agradeceu ao Pontífice a sua visita e destacou que, mesmo com a chuva e frio, o Santo Padre acolheu e saudou todos os peregrinos por onde ele passou de papamóvel. Ao encerrar sua mensagem, o arcebispo salientou que a verdadeira jornada começa hoje com o retorno de todos para casa, pois é preciso que realmente os jovens sigam este ensinamento: ”’Ide e fazei discípulos entre todas as nações’.

Nós também vamos com vocês, iremos com vocês às ruas, às periferias e aos excluídos. Já estamos com saudades! ‘Saudade’ que é uma palavra difícil de traduzir”, lembrou Dom Orani.

O prelado ressaltou que, para sempre, ficará gravada na lembrança destes jovens a presença do Pai e Pastor, pois é o primeiro retorno de Sua Santidade à América Latina e agora como o primeiro Papa latino-americano da história. “Vossa santidade nos confirmou, à luz da fé, em nossa caminhada de Igreja”, afirmou o arcebispo.

Após encerrar sua mensagem de agradecimento ao Sumo Pontífice, o Arcebispo do Rio de Janeiro se dirigiu, emocionado, ao Papa Francisco, o abraçou afetuosamente e lhe entregou uma lembrança.

Agradecimento do Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, Dom Stanislaw Rilko - Ao final da Santa Missa o cardeal polonês agradeceu ao Papa Francisco por todo o trabalho realizado durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), realizada no Brasil, pois foram dias de muita oração e silêncio com jovens de nacionalidades e culturas diferentes. Dom Stanislaw recordou do bispo emérito de Roma, Bento XVI, que escolheu o Brasil para sediar esta edição da JMJ e agradeceu ao Papa Francisco por ter assumido este compromisso de acompanhar os jovens neste encontro missionário.

“Estes jovens descobriram no papa, uma pai afetuoso e um amigo. Encontram muitas respostas sobre seus questionamentos e que os jovens não tenham medo de ir contra corrente”, disse o cardeal polonês.

Ao fim desta jornada os jovens tem uma grande missão de irem ao mundo para serem discípulos e missionários.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

PAPA FRANCISCO NA JMJ



VIGÍLIA DE ORAÇÃO COM OS JOVENS - DISCURSO DO SANTO PADRE - Copacabana, Rio de Janeiro- Sábado, 27 de Julho de 2013

Queridos jovens,

Contemplando vocês que hoje estão aqui presentes, me vem à mente a história de São Francisco de Assis. Diante do Crucifixo, ele escuta a voz de Jesus que lhe diz: «Francisco, vai e repara a minha casa». E o jovem Francisco responde, com prontidão e generosidade, a esta chamada do Senhor para reparar sua casa. Mas qual casa? Aos poucos, ele percebe que não se tratava fazer de pedreiro para reparar um edifício feito de pedras, mas de dar a sua contribuição para a vida da Igreja; era colocar-se ao serviço da Igreja, amando-a e trabalhando para que transparecesse nela sempre mais a Face de Cristo.

Também hoje o Senhor continua precisando de vocês, jovens, para a sua Igreja. Queridos jovens, o Senhor precisa de vocês! Ele também hoje chama a cada um de vocês para segui-lo na sua Igreja e ser missionário. Hoje, queridos jovens, o Senhor lhes chama! Não em magote, mas um a um… a cada um. Escutem no coração aquilo que lhes diz. Penso que podemos aprender algo daquilo que sucedeu nestes dias: por causa do mau tempo, tivemos de suspender a realização desta Vigília no “Campus Fidei”, em Guaratiba. Não quererá porventura o Senhor dizer-nos que o verdadeiro “Campus Fidei”, o verdadeiro Campo da Fé não é um lugar geográfico, mas somos nós mesmos? Sim, é verdade! Cada um de nós, cada um de vocês, eu, todos. E ser discípulo missionário significa saber que somos o Campo da Fé de Deus. Ora, partindo da denominação Campo da Fé, pensei em três imagens que podem nos ajudar a entender melhor o que significa ser um discípulo missionário: a primeira imagem, o campo como lugar onde se semeia; a segunda, o campo como lugar de treinamento; e a terceira, o campo como canteiro de obras.

1. Primeiro: o campo como lugar onde se semeia. Todos conhecemos a parábola de Jesus sobre um semeador que saiu pelo campo lançando sementes; algumas caem à beira do caminho, em meio às pedras, no meio de espinhos e não conseguem se desenvolver; mas outras caem em terra boa e dão muito fruto (cf. Mt 13,1-9). Jesus mesmo explica o sentido da parábola: a semente é a Palavra de Deus que é lançada nos nossos corações (cf. Mt 13,18-23). Hoje – todos os dias, mas de forma especial hoje – Jesus semeia. Quando aceitamos a Palavra de Deus, então somos o Campo da Fé! Por favor, deixem que Cristo e a sua Palavra entrem na vida de vocês, deixem entrar a semente da Palavra de Deus, deixem que germine, deixem que cresça. Deus faz tudo, mas vocês deixem-no agir, deixem que Ele trabalhe neste crescimento!

Jesus nos diz que as sementes, que caíram à beira do caminho, em meio às pedras e em meio aos espinhos não deram fruto. Creio que podemos, com honestidade, perguntar-nos: Que tipo de terreno somos, que tipo de terreno queremos ser? Quem sabe se, às vezes, somos como o caminho: escutamos o Senhor, mas na nossa vida não muda nada, pois nos deixamos aturdir por tantos apelos superficiais que escutamos. Eu pergunto-lhes, mas agora não respondam, cada um responde no seu coração: Sou uma jovem, um jovem  aturdido? Ou somos como o terreno pedregoso: acolhemos Jesus com entusiasmo, mas somos inconstantes;  diante das dificuldades, não temos a coragem de ir contra a corrente. Cada um de nós responda no seu coração: Tenho coragem ou sou um cobarde? Ou somos como o terreno com os espinhos: as coisas, as paixões negativas sufocam em nós as palavras do Senhor (cf. Mt 13, 18-22). Em meu coração, tenho o hábito de jogar em dois papéis: fazer bela figura com Deus e fazer bela figura com o diabo? O hábito de querer receber a semente de Jesus e, ao mesmo tempo, irrigar os espinhos e as ervas daninhas que nascem no meu coração? Hoje, porém, eu tenho a certeza que a semente pode cair em terra boa. Nos testemunhos, ouvimos como a semente caiu em terra boa. «Não, Padre, eu não sou terra boa! Sou uma calamidade, estou cheio de pedras, de espinhos, de tudo». Sim, pode suceder que à superfície seja assim, mas você liberte um pedacinho, um bocado de terra boa e deixe que caia lá a semente e verá como vai germinar. Eu sei que vocês querem ser terreno bom, cristãos de verdade; e não cristãos pela metade, nem cristãos “engomadinhos”, cujo cheiro os denuncia pois parecem cristãos mas no fundo, no fundo não fazem nada; nem cristãos de fachada, cristãos que são “pura aparência”, mas sim cristãos autênticos. Sei que vocês não querem viver na ilusão de uma liberdade inconsistente que se deixa arrastar pelas modas e as conveniências do momento. Sei que vocês apostam em algo grande, em escolhas definitivas que deem pleno sentido. É assim ou estou enganado? É assim? Bem; se é assim, façamos uma coisa: todos, em silêncio, fixemos o olhar no coração e cada um diga a Jesus que quer receber a semente. Digam a Jesus: Vê, Jesus, as pedras que tem, vê os espinhos, vê as ervas daninhas, mas vê este pedacinho de terra que te ofereço para que entre a semente. Em silêncio, deixemos entrar a semente de Jesus. Lembrem-se deste momento, cada um sabe o nome da semente que entrou. Deixem-na crescer, e Deus cuidará dela.

2. O campo...O campo, para além de ser um lugar de sementeira, é lugar de treinamento. Jesus nos pede que o sigamos por toda a vida, pede que sejamos seus discípulos, que “joguemos no seu time”. A maioria de vocês ama os esportes. E aqui no Brasil, como em outros países, o futebol é paixão nacional. Sim ou não? Ora bem, o que faz um jogador quando é convocado para jogar em um time? Deve treinar, e muito! Também é assim a nossa vida de discípulos do Senhor. Descrevendo os cristãos, São Paulo nos diz: «Todo atleta se impõe todo tipo de disciplina. Eles assim procedem, para conseguirem uma coroa corruptível. Quanto a nós, buscamos uma coroa incorruptível!» (1Co 9, 25). Jesus nos oferece algo superior à Copa do Mundo! Algo superior à Copa do Mundo! Jesus oferece-nos a possibilidade de uma vida fecunda, de uma vida feliz e nos oferece também um futuro com Ele que não terá fim, na vida eterna. É o que nos oferece Jesus, mas pede para pagarmos a entrada; e a entrada é que treinemos para estar “em forma”, para enfrentar, sem medo, todas as situações da vida, testemunhando a nossa fé. Através do diálogo com Ele: a oração. Padre, agora vai pôr-nos todos a rezar? Porque não? Pergunto-lhes… mas respondam no seu coração, não em voz alta mas no silêncio: Eu rezo? Cada um responda. Eu falo com Jesus ou tenho medo do silêncio? Deixo que o Espírito Santo fale no meu coração? Eu pergunto a Jesus: Que queres que eu faça, que queres da minha vida? Isto é treinar-se. Perguntem a Jesus, falem com Jesus. E se cometerem um erro na vida, se tiverem uma escorregadela, se fizerem qualquer coisa de mal, não tenham medo. Jesus, vê o que eu fiz! Que devo fazer agora? Mas falem sempre com Jesus, no bem e no mal, quando fazem uma coisa boa e quando fazem uma coisa má. Não tenham medo d’Ele! Esta é a oração. E assim treinam no diálogo com Jesus, neste discipulado missionário! Através dos sacramentos, que fazem crescer em nós a sua presença. Através do amor fraterno, do saber escutar, do compreender, do perdoar, do acolher, do ajudar os demais, qualquer pessoa sem excluir nem marginalizar ninguém. Queridos jovens, que vocês sejam verdadeiros “atletas de Cristo”!

3. E terceiro: o campo como canteiro de obras. Aqui mesmo vimos como se pôde construir uma igreja: indo e vindo, os jovens e as jovens deram o melhor de si e construíram a Igreja. Quando o nosso coração é uma terra boa que acolhe a Palavra de Deus, quando “se sua a camisa” procurando viver como cristãos, nós experimentamos algo maravilhoso: nunca estamos sozinhos, fazemos parte de uma família de irmãos que percorrem o mesmo caminho; somos parte da Igreja. Esses jovens, essas jovens não estavam sós, mas, juntos, fizeram um caminho e construíram a Igreja; juntos, realizaram o que fez São Francisco: construir, reparar a Igreja. Eu lhes pergunto: Querem construir a Igreja? [Sim…] Se animam uns aos outros a fazê-lo? [Sim…] E amanhã terão esquecido este «sim» que disseram? [Não…] Assim gosto! Somos parte da Igreja; mais ainda, tornamo-nos construtores da Igreja e protagonistas da história. Jovens, por favor, não se ponham na «cauda» da história. Sejam protagonistas. Joguem ao ataque! Chutem para diante, construam um mundo melhor, um mundo de irmãos, um mundo de justiça, de amor, de paz, de fraternidade, de solidariedade. Jogai sempre ao ataque! São Pedro nos diz que somos pedras vivas que formam um edifício espiritual (cf. 1Pe 2,5). E, olhando para este palco, vemos a miniatura de uma igreja, construída com pedras vivas. Na Igreja de Jesus, nós somos as pedras vivas, e Jesus nos pede que construamos a sua Igreja; cada um de nós é uma pedra viva, é um pedacinho da construção e, quando vem a chuva, se faltar aquele pedacinho, temos infiltrações e entra a água na casa. E não construam uma capelinha, onde cabe somente um grupinho de pessoas. Jesus nos pede que a sua Igreja viva seja tão grande que possa acolher toda a humanidade, que seja casa para todos! Ele diz a mim, a você, a cada um: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações»! Nesta noite, respondamos-lhe: Sim, Senhor! Também eu quero ser uma pedra viva; juntos queremos edificar a Igreja de Jesus! Eu quero ir e ser construtor da Igreja de Cristo! Atrevem-se a repetir isto? Eu quero ir e ser construtor da Igreja de Cristo! Digam agora… [os jovens repetem]. Depois devem se lembrar que o disseram juntos.

O coração de vocês, coração jovem, quer construir um mundo melhor. Acompanho as notícias do mundo e vejo que muitos jovens, em tantas partes do mundo, saíram pelas estradas para expressar o desejo de uma civilização mais justa e fraterna. Os jovens nas estradas; são jovens que querem ser protagonistas da mudança. Por favor, não deixem para outros o ser protagonistas da mudança! Vocês são aqueles que tem o futuro! Vocês… Através de vocês, entra o futuro no mundo. Também a vocês, eu peço para serem protagonistas desta mudança. Continuem a vencer a apatia, dando uma resposta cristã às inquietações sociais e políticas que estão surgindo em várias partes do mundo. Peço-lhes para serem construtores do mundo, trabalharem por um mundo melhor. Queridos jovens, por favor, não «olhem da sacada» a vida, entrem nela. Jesus não ficou na sacada, mergulhou… «Não olhem da sacada» a vida, mergulhem nela, como fez Jesus.

Resta, porém, uma pergunta: Por onde começamos? A quem pedimos para iniciar isso? Por onde começamos? Uma vez perguntaram a Madre Teresa de Calcutá o que devia mudar na Igreja; queremos começar, mas por qual parede? Por onde – perguntaram a Madre Teresa – é preciso começar? Por ti e por mim: respondeu ela. Tinha vigor aquela mulher! Sabia por onde começar. Hoje eu roubo a palavra a Madre Teresa e digo também a você: Começamos? Por onde? Por ti e por mim! Cada um, de novo em silêncio, se interrogue: se devo começar por mim, por onde principio? Cada um abra o seu coração, para que Jesus lhe diga por onde começar.

Queridos amigos, não se esqueçam: Vocês são o Campo da Fé! Vocês são os atletas de Cristo! Vocês são os construtores de uma Igreja mais bela e de um mundo melhor. Elevemos o olhar para Nossa Senhora. Ela nos ajuda a seguir Jesus, nos dá o exemplo com o seu “sim” a Deus: «Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra» (Lc 1,38). Também nós o dizemos a Deus, juntos com Maria: faça-se em mim segundo a Tua palavra. Assim seja!

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

ENCONTRO COM OS JOVENS ARGENTINOS - PALAVRAS DO SANTO PADRE - Quinta-feira, 25 de Julho de 2013
Obrigado! Obrigado pela presença! Obrigado por terem vindo! Obrigado àqueles que estão cá dentro! E muito obrigado àqueles que ficaram lá fora, aos trinta mil – dizem-me – que estão lá fora. Lhes saúdo daqui. Estão à chuva… Obrigado pelo gesto de virem ter comigo, obrigado por terem vindo à Jornada da Juventude. Eu tinha sugerido ao Doutor Gasbarri – que é a pessoa que gere, que organiza a viagem – que encontrasse um lugarzinho para um encontro com vocês e, em metade de um dia, arranjou tudo. Quero agradecer publicamente ao Doutor Gasbarri também por isso que ele conseguiu fazer hoje.
Desejo dizer-lhes qual é a conseqüência que eu espero da Jornada da Juventude: espero que façam barulho. Aqui farão barulho, sem dúvida. Aqui, no Rio, farão barulho, farão certamente. Mas eu quero que se façam ouvir também nas dioceses, quero que saiam, quero que a Igreja saia pelas estradas, quero que nos defendamos de tudo o que é mundanismo, imobilismo, nos defendamos do que é comodidade, do que é clericalismo, de tudo aquilo que é viver fechados em nós mesmos. As paróquias, as escolas, as instituições são feitas para sair; se não o fizerem, tornam-se uma ONG e a Igreja não pode ser uma ONG. Que me perdoem os Bispos e os sacerdotes, se alguns depois lhes criarem confusão. Mas este é o meu conselho. Obrigado pelo que vocês puderem fazer.
Olhem! Eu penso que, neste momento, a civilização mundial ultrapassou os limites, ultrapassou os limites porque criou um tal culto do deus dinheiro, que estamos na presença de uma filosofia e uma prática de exclusão dos dois pólos da vida que constituem as promessas dos povos. A exclusão dos idosos, obviamente: alguém poderia ser levado a pensar que nisso exista, oculta, uma espécie de eutanásia, isto é, não se cuida dos idosos; mas há também uma eutanásia cultural, porque não se lhes deixa falar, não se lhes deixa agir. E a exclusão dos jovens: a percentagem que temos de jovens sem trabalho, sem emprego, é muito alta e temos uma geração que não tem experiência da dignidade ganha com o trabalho. Assim, esta civilização nos levou a excluir os dois vértices que são o nosso futuro. Por isso os jovens devem irromper, devem fazer-se valer; os jovens devem sair para lutar pelos valores, lutar por estes valores; e os idosos devem tomar a palavra, os idosos devem tomar a palavra e ensinar-nos! Que eles nos transmitam a sabedoria dos povos!
Pensando ao povo argentino, de coração sincero peço aos idosos: não esmoreçam na missão de ser a reserva cultura do nosso povo; reserva que transmite a justiça, que transmite a história, que transmite os valores, que transmite a memória do povo. E vocês, por favor, não se ponham contra os idosos: deixem-nos falar, ouçam-nos e sigam em frente. Mas saibam, saibam que neste momento vocês, jovens, e os idosos estão condenados ao mesmo destino: a exclusão. Não se deixem descartar. Claro, para isso acho que vocês devem trabalhar. A fé em Jesus Cristo não é uma brincadeira; é uma coisa muito séria. É um escândalo que Deus tenha vindo fazer-se um de nós. É um escândalo que Ele tenha morrido numa cruz. É um escândalo: o escândalo da Cruz. A Cruz continua a escandalizar; mas é o único caminho seguro: o da Cruz, o de Jesus, o da Encarnação de Jesus. Por favor, não “espremam” a fé em Jesus Cristo. Há a espremedura de laranja, há a espremedura de maçã, há a espremedura de banana, mas, por favor, não bebam “espremedura” de fé. A fé é integral, não se espreme. É a fé em Jesus. É a fé no Filho de Deus feito homem, que me amou e morreu por mim. Resumindo: primeiro, façam-se ouvir, cuidem dos extremos da população que são os idosos e os jovens. Não se deixem excluir e não deixem que se excluam os idosos. Segundo, não “espremam” a fé em Jesus Cristo. Com as Bem-aventuranças… que devemos fazer, Padre? Olhe! Você leia as Bem-aventuranças, que lhe farão bem. Se, depois, você quer saber concretamente o que deve fazer, leia o capítulo 25 de Mateus, que é o regulamento segundo o qual vamos ser julgados. Com essas duas coisas, vocês têm o Plano de Ação: as Bem-aventuranças e Mateus 25. Você não precisam ler mais. Isso lhes peço de todo o coração. Está bem? Obrigado por essa unidade. Tenho pena que vocês estejam aí enjaulados; eu lhes digo uma coisa: às vezes também eu sinto isso; e não é uma boa coisa estar enjaulado. Isso lhes confesso de coração, mas paciência! Eu entendo vocês. Também eu gostaria de estar mais perto de vocês, mas entendo que, por razões de segurança, não se pode. Obrigado por terem vindo! Obrigado por rezarem por mim! Isto lhes peço de coração. Preciso. Eu preciso de suas orações, tenho tanta necessidade. Obrigado por isso! Bem! Eu quero lhes dar a Bênção e, depois, benzeremos a imagem da Virgem que vai percorrer toda a República… e a cruz de São Francisco; viajarão em missão. Mas não esqueçam! Façam-se ouvir; cuidem dos dois extremos da vida: os dois extremos da história dos povos que são os idosos e os jovens; e não “espremam” a fé. E agora façamos uma oração para benzer a imagem da Virgem e, em seguida, dar-lhes a Bênção.
Pomo-nos de pé para a Bênção, mas antes quero agradecer as palavras que disse-me Dom Arancedo, porque, como verdadeiro mal-educado, não lhe agradeci. Portanto, obrigado pelas suas palavras!
 
ORAÇÃO
 
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Ave Maria...
 
Senhor, Tu deixaste no meio de nós tua Mãe para que nos acompanhasse.
Que Ela cuide de nós e nos proteja o nosso caminho, o nosso coração, a nossa fé.
Que nos faça discípulos como Ela o foi, e missionários como Ela o foi também.
Que nos ensine a sair pelas estradas.
Que nos ensine a sair de nós mesmos.
Benzemos esta imagem, Senhor, que vai percorrer o país.
Que Ela, com a sua mansidão, a sua paz, nos indique o caminho.
Senhor, Tu és um escândalo! Tu és um escândalo: o escândalo da Cruz. Uma Cruz que é humildade, mansidão; uma Cruz que nos fala da proximidade de Deus. Benzemos também esta imagem da Cruz que percorrerá o país.
Muito obrigado! Vemo-nos nestes dias. Que Deus lhes abençoe. Rezem por mim. Não se esqueçam!